Coisas que não se encaixam,
pessoas perdidas dentro de si mesmas. Ao ver alguém “diferente” a primeira
coisa que passa pelas nossas cabeças é que essa pessoa se sente fora do lugar,
excluída, mas talvez ela esteja apenas sendo ela mesma. Muitas vezes tentamos
nos mudar para tentarmos encaixar em algum grupo. Mas por mais que nos
convençam de que aquele é a gente, no fundo sentimos apenas um vazio, uma
solidão por não pertencer a aquele lugar. Junto com sapos nos acostumamos a
viver como sapos, fazemos coisas de sapos e o que eles querem que façamos. Mas
no fim das contas, o cisne que somos está esquecido dentro de nós e o que mais
ansiamos é encontrar outros como nós, outros cisnes que nos ajudarão a chegar
ao nosso lugar. As vezes queremos que alguém simplesmente diga aonde devemos
ficar, qual o nosso propósito.
Atrás de tudo o que nos foi
ensinado, da forma como fomos moldados pelo feitiço está o príncipe ou a
princesa, o cisne que foi esquecido, que foi perdido. Precisamos do beijo do
amor para quebrar o feitiço, precisamos dessa confiança que podemos ter de nós,
para achar o que estava perdido lá no fundo, para acordar o cisne que nunca se
encaixou, a princesa enfeitiçada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário